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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Apostas "bizarras" e ilegais podem movimentar bilhões na Copa


Gol Crouch Foto: AP
Apostadores tentarão descobrir com quantos toques a Inglaterra passará do meio de campo
O início da Copa do Mundo vai intensificar um mercado que preocupa muito a polícia dos países asiáticos: o das apostas clandestinas. Os jogos ilegais movimentam bilhões de dólares por ano e, segundo a Interpol, grande parte desta quantia vai para o crime organizado. Nos jogos da Copa, o apostador poderá tentar a sorte com palpites nada comuns.
Já parou para pensar quantos toques na bola a seleção inglesa precisa dar para passar pela primeira vez do meio de campo? Esta é uma das apostas que os asiáticos poderão fazer. Quantos minutos terão de acréscimo o jogo entre Brasil e Coreia do Norte, quem vai levar o primeiro cartão amarelo e até quanto tempo vai demorar para sair a primeira falta são outras opções.
A polícia asiática decidiu impor limites e regras para oficializar o mercado de apostas, mas como as licenças não sairão antes da Copa do Mundo, o mercado continuará clandestino.
Para escapar da polícia, os responsáveis pelos jogos de azar alugaram centenas de escritórios e trocam de sede diariamente. Não ter endereço fixo é uma das armas para manter o mercado ativo e longe da fiscalização.
Especula-se que US$7,3 bilhões circulem nas apostas apenas em território chinês. Na Malásia, as cifras ultrapassam os US$6 bilhões. Na Índia, onde só a corrida de cavalos é legalizada, o valor na circulação é de US$1 bilhão. Em Hong Kong, os números gastos em apostas são incalculáveis.
Até o diretor executivo da Associação de Futebol da China, Nan Yong, foi preso por estar envolvido com jogos de azar ilegais. Segundo a Fifa, as apostas clandestinas são, ao lado da pirataria de produtos, o maior problema da Ásia.

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