O sisal é uma cultura resistente a secas prolongadas e temperaturas elevadas típicas do semiárido. Por essas características, a Embrapa Algodão, de Campina Grande, na Paraíba, recomenda o seu plantio consorciado com culturas alimentares como uma alternativa para o manejo e a conservação dos solos na agricultura familiar do Nordeste.
Segundo Waltemilton Cartaxo, supervisor da Área de Comunicação Empresarial e Negócios Tecnológicos (ACENT) da Embrapa Algodão, a ideia básica da produção integrada no sisal é o consorciamento com plantas forrageiras e culturas alimentares, como feijão e amendoim, para aumentar a sustentabilidade dos agricultores nos primeiros quatro anos em que o sisal ainda não alcançou a sua fase produtiva inicial. “A mamona também pode ser uma boa alternativa para se cultivar nas entrelinhas do sisal”, diz Cartaxo.
A orientação é que o sisal seja plantado em curva de nível para ajudar a reter a água das chuvas, evitando que ela escorra levando os nutrientes do solo. “Enquanto se espera a cultura ficar pronta para a colheita, o agricultor pode aproveitar as entrelinhas de solo não utilizadas e plantar outras culturas para subsistência familiar como amendoim, gergelim, hortaliças, melancia, melão, algodão, além do feijão e do milho.
O plantio do sisal em consórcio vem sendo realizado, principalmente, nos estados da Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. A sua fibra é utilizada para confecção de corda, barbante, tapetes, sacos, bolsas, chapéus, vassouras, artesanato, celulose e também como componente de compósitos automobilístico. Parte da planta no pós-desfibramento também é aproveitada como mucilagem para alimentar o gado na forma de feno ou ensilagem.
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